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Rodada de Negócios na Agro Centro-Oeste conecta pequenos produtores a grandes oportunidades

Sebrae promove encontro estratégico entre 40 vendedores familiares e oito compradores, com consultoria e presença de instituições financeiras
Por Adrianne Vitoreli, de Goiânia
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A maioria dos participantes são pequenos agricultores familiares, além de compradores interessados nos produtos do campo (Fotos Divino Batista)

Para aproximar empresas compradoras aos pequenos produtores rurais que participam da 22 ª Agro Centro-Oeste Familiar (Acof), o Sebrae Goiás, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), realiza a Rodada de Negócios nesta quinta (5) e sexta-feira (6), em um espaço estratégico na feira. A iniciativa reúne 40 vendedores, a maioria pequenos negócios familiares, e oito compradores interessados em produtos do campo. A Acof, considerada a maior feira da região Centro-Oeste voltada para agricultura familiar, acontece no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Campus Samambaia, na UFG.

O estande do Sebrae conta também com um consultor para atender as dúvidas dos empreendedores e a Goiás Fomento também está presente para orientar sobre financiamentos e o ao crédito, além da Cresol.

Para garantir que os empresários tirem o máximo proveito da rodada, um consultor do Sebrae também está à disposição, e oferece orientação personalizada conforme as necessidades de cada participante. A gestora da Rodada de Negócios e gestora estadual do Programa Juntos pelo Agro, do Sebrae Goiás, Florizania Rodrigues de Souza, disse que a proposta do Sebrae é atender aos pequenos produtores que precisam ter o a mercado. “Estamos muito felizes com o resultado, já que conseguimos mobilizar compradores e fornecedores que participam da feira. Nossa expectativa é que, ao final, todos consigam bons resultados e conexões para futuras parcerias”, explicou.

o direto a compradores e novos mercados; Otimização do tempo e recursos; Geração de networking e parcerias; o a informações e conhecimentos; Aumento da visibilidade e credibilidade e possibilidade de negócios rápidos e efetivos são algumas das vantagens das rodadas de negócios. “Apresentar os produtos diretamente a compradores potenciais elimina intermediários e otimiza as chances de fechamento de negócios, o que fortalece a cadeia produtiva local e garante que o fruto do trabalho no campo chegue mais longe”, avalia Florizania.

Maria Vasconcelos (direita), sócia da Loving Hut, participou da rodada em busca de alimentos que não agridam o meio ambiente

As empresas que participam como compradoras são a Mundo Verde, República da Saúde, Log América 5.0, Ceasa, Sítio Boca do Mato, Vespa Alimentos Alternativos, Loving Hut e Ranchos Gastronomia. A empresária Maria Vasconcelos, sócia da Loving Hut, uma rede mundial de restaurantes veganos amigos da terra, dos animais e do consumo consciente, participou da rodada em busca de alimentos que possuem os mesmos compromissos com o planeta. “Adorei a iniciativa dessa Rodada de Negócios porque nada substitui você estar frente a frente com o fornecedor e entender a história dos produtos”, afirmou.

Maria detalhou que o Loving Hut é uma experiência gastronômica de prazer e sabor em comunhão com a Terra e que adquirir produtos da agricultura familiar é uma forma de estimular os pequenos a produzirem ingredientes que não causem desequilíbrio ao meio ambiente. “Com isso, conseguimos inserir mais pessoas nesse propósito e fazer a economia girar, já que também podemos trabalhar como ponto de venda”, enfatizou.

As empresárias Juliana Machado Lopes e Carolina Leopardo (à esquerda e ao centro) buscam parcerias para seu restaurante vegano e vegetariano

As sócias da Vespa Alimentos Alternativos, Juliana Machado Lopes e Carolina Leopardo, disseram que o o a produtores com o perfil que buscavam seria muito difícil se não fosse a rodada de negócios. Segundo elas, no primeiro dia conseguiram conhecer diversos pequenos produtores familiares e empresas que apresentaram produtos e formas de produção que são compatíveis com o restaurante vegetariano e vegano que possuem no bairro Nova Suíça, em Goiânia. Juliana disse que esse primeiro contato é importante e em seguida vão analisar com mais tempo os produtos, mas que o networking já foi feito.

Paulo Henrique Barbosa Farias, da Log América 5.0, que trabalha na estruturação de empresas

A Log América 5.0, que participou como compradora, é uma empresa de serviços e consultoria em importação e exportação que trabalha na estruturação de empresas que querem alcançar o mercado exterior por meio da internacionalização. “Estamos aqui para ver os produtos, entender a dor das empresas e apresentar uma solução personalizada para que eles consigam atender o mercado externo. Nós acompanhamos em todos os processos, desde certificações, embalagens e design de marca, e conectamos esses produtores a uma rede de clientes na Europa, América do Norte e na Ásia”, ressaltou o CEO da empresa, Paulo Henrique Barbosa Farias, que estava no atendimento dos fornecedores com a internacionalista e analista de comércio exterior Bárbara Dias da Costa.

O produtor Reinaldo Souza apresentou produtos do quilombo Kalunga do Prata

Do outro lado da mesa estavam os fornecedores, que apresentaram os produtos na tentativa de estabelecer parcerias, fechar negócios e ampliar a rede de contatos. Reinaldo Souza, do quilombo Kalunga do Prata, que fica na região de Cavalcante, no Norte do estado, apresentou produtos feitos na comunidade, como mel, licores de hibisco, baru, banana e geleias. “Viemos com a expectativa de fechar vendas no atacado, porque, atualmente, vendemos apenas no varejo”, afirmou Reinaldo, que explicou que com a venda no atacado fica mais fácil equilibrar a produção com a venda. Clindimar Gonçalves Gomes, da mesma região, trouxe rapaduras, açúcar mascavo, doce de leite, entre outros produtos artesanais.

Claúdio Emiliano (camisa verde) trouxe produtos artesanais feitos com frutos do Cerrado

Claúdio Emiliano, representante do Sítio Boca do Mato, de Mambaí, no Nordeste do estado, participou como fornecedor de produtos artesanais feitos com frutos do cerrado, como cremes de pequi, molho agridoce de cagaita, molho agridoce picante de goiaba e pasta de baru com ervas. O desejo é efetuar vendas para levar os sabores do cerrado também para lojas colaborativas. “Vamos lançar vendas on-line por meio do Instagram Caza do Sítio e já fechamos negócios com duas empresas em Goiás (Fazenda Jaboticabal e Cachaça Trajano) e procuramos outras para fortalecer o negócio”, contou.

Valéria Maria Franco, de Goiânia, apresentou produtos artesanais como granola doce e salgada, geleias doces e de tomate, molhos caseiros, todos sem conservantes químicos e com ingredientes de qualidade com a marca Boa Mesa. Há um ano, ela vende os produtos em feiras de condomínios fechados horizontais e verticais e decidiu ampliar a venda. Ela participou de uma rodada on-line com a Mundo Verde, uma loja de produtos naturais com 175 lojas. “Fiz um contato muito importante com essa empresa e vi que é possível alcançar novos mercados. Minha meta é, até o fim do próximo semestre, ajustar todas as documentações e rotulagem para que eu possa fornecer desde pequenos empórios até grandes empresas”, frisou.

A produtora Valéria Maria Franco trouxe produtos artesanais sem conservantes

Feira Agro Centro-Oeste Familiar – A Feira Agro Centro-Oeste Familiar (Acof) tem o objetivo de dar visibilidade ao agricultor familiar, à sua produção, bem como à agricultura familiar que, segundo o Censo Agropecuário mais recente, realizado em 2017, mostrou que o Brasil possui 3,9 milhões de estabelecimentos deste tipo (76,8% do total), o que gera 67% da mão de obra do campo e movimenta mais de R$ 100 bilhões em valor de produção (23% do total). Somente o Estado de Goiás possui mais de 95 mil estabelecimentos da agricultura familiar, o que representa 62,8% do total; emprega 47% da mão de obra do campo e movimenta cerca de R$ 4 bilhões em valor de produção, algo em torno de 10,5% do total.

O evento reúne diferentes parceiros que, juntos, organizam, realizam e recebem aproximadamente 15 mil pessoas durante os quatro dias de duração. O público-alvo são estudantes de todas as fases do ensino, profissionais de diversas áreas, pesquisadores, produtores rurais, extensionistas e o público em geral. Entre as principais atividades desenvolvidas estão a feira da agricultura familiar e da economia solidária, cursos, minicursos, palestras, dias de campo, workshops, seminário científico, exposição de tecnologias, cozinha camponesa, fazendinha agroecológica e atividades culturais.

Realizada anualmente desde 2000, a Acof é fruto da articulação entre universidades, instituições públicas, movimentos sociais e agricultores e tem se consolidado como espaço de trocas, fomento à inovação e estímulo à autonomia dos territórios rurais.

INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA

Na sede do Sebrae: Taissa Gracik – (62) 99887-5463 | Kalyne Menezes – (62) 99887-4106

Na Regional Central | Goiânia: Agência Entremeios Comunicação / Adrianne Vitoreli – (62) 98144-2178

e aqui a Vitrine do Sebrae Goiás.

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